Consumo excessivo de álcool: efeitos no corpo e na saúde bucal

Bebidas alcoólicas são os queridinhos dos brasileiros. Segundo o IBGE cerca de 36% dos homens e 13% das mulheres consomem algum tipo de bebida alcoólica no Brasil.

Em relação ao consumo mundial, os brasileiros estão entre os que mais ingerem bebidas alcoólicas, cerca de 27% a mais do que o resto do mundo. Mas, o que isso significa?

Culturalmente é difícil achar em uma casa brasileira alguém que não consuma, pelo menos um vez, algum tipo de cerveja ou destilado. Isso acontece porque no Brasil temos o costume de ingerir álcool nas mais diversas ocasiões:

Se estamos tristes, bebemos. Se estamos felizes, também bebemos. Se precisamos comemorar, por que não beber?

Porém, quais as consequências da ingestão contínua de bebidas alcoólicas? Existem certos efeitos que o consumo de álcool excessivo pode causar no nosso organismo, desde danos cerebrais até problemas na saúde bucal.

E é sobre isso que vamos falar nesse artigo: quais os problemas que o álcool traz para a saúde da nossa boca? Leia até o fim para entender!

Efeitos do álcool

A embriaguez é o estado em que nosso organismo se encontra com uma quantidade de álcool maior do que a quantidade de água no sangue.

As células do corpo humano fazem um processo contínuo de entrada das partículas de água. Quando ingerimos mais álcool do que água, em um determinado ponto, as células absorvem o álcool presente no sangue, potencializando a embriaguez.

As consequências práticas de serem notadas são:

  • perda do senso crítico;
  • variação de humor;
  • aumento de sentimentos como tristeza e depressão;
  • aumento da ansiedade.

Isso acontece porque o álcool presente nas células provoca uma reação imediata no cérebro, especificamente no Sistema Nervoso Central, enfraquecendo as funções cerebrais.

Dessa forma, no início do consumo alcoólico nos sentimos mais expansivos, com mais  facilidade para fazer determinada ação que não faríamos sóbrios ou falar algum assunto mais abertamente.

Porém, conforme o álcool vai sendo ingerido e afetando diretamente o cérebro, as chances de potencializar sentimentos depressivos aumenta.

Álcool x Saúde Bucal

Além de afetar o Sistema Nervoso Central, o consumo excessivo de álcool prejudica alguns outros órgãos do corpo humano de forma mais intensa como o fígado, o pâncreas e os rins.

Mas, outro fator pouco divulgado é os efeitos do álcool na saúde bucal. Segundo dentistas de convênio odontológico, o consumo de cervejas e destilados em excesso faz com que nossa boca produza menos saliva, deixando-a cada vez mais desidratada.

Por conta disso, a boca fica mais fragilizada e mais propensa a desenvolver infecções através das bactérias que proliferam sem a presença protetora da saliva.

A saliva funciona como uma camada protetora contra doenças bucais que se desenvolvem através de bactérias já presentes na boca.

Quando as glândulas salivares não conseguem produzir a quantidade necessária de saliva, as bactérias se reproduzem em um ritmo maior e infeccionam partes da nossa boca.

Segundo especialistas, pessoas que bebem e fumam tendem a ter 38% mais chances de desenvolver câncer de boca, por exemplo.

Além disso, um fator que pode ser prejudicial para a sociabilidade das pessoas é o mau hálito que surge devido ao consumo de cervejas e destilados.

Manchas no esmalte do dente também é um efeito potencializado pelo consumo de bebidas escuras, como vinhos e cerveja preta.

Como identificar problemas bucais derivados do álcool

As doenças bucais podem ter diversos motivos e o consumo excessivo de álcool é um fator que intensifica a presença de doenças como a cárie e a periodontite.

Mas, como saber que é exatamente o consumo de álcool que fortalece a presença dessas doenças?

Primeiro, analise seus hábitos. Se há uma combinação de consumo de álcool e cigarro, certamente há uma grande chance de sua boca ter inflamações recorrentes.

Mesmo para não fumantes, se o álcool é uma bebida que faz parte do seu a dia de forma constante, é possível que em algum momento seus dentes sofram com a presença de cáries, por exemplo.

Certos tipos de convênio dentista oferecem exames mensais para verificar a saúde da boca e identificar as doenças existentes e que por vezes são silenciosas.

Alternativas: consumo reduzido

Como fazer, então, para que o álcool não seja uma causa impulsionadora de problemas bucais?

Reduzir o consumo é uma dessas alternativas. Além de ajudar contra as inflamações recorrentes na boca, também melhora a saúde do corpo como um todo.

Outras formas são:

  • Inserir cubos de gelo nas bebidas para diminuir o ácido presente nelas. Ao diminuir o ácido, o esmalte do dente não sai tão prejudicado;
  • Enxaguar a boca com água após o consumo de drinks, para não deixar que resíduos de álcool permaneçam;
  • Intercalar drinques com goles de água. Isso retarda o efeito da embriaguez, ajuda na ressaca e ainda por cima melhora na saúde bucal;
  • Consumir chicletes sem açúcar após o consumo de bebidas alcoólicas ajudam na produção de salivas deixando a boca mais hidratada.

Por fim, procure um especialista através de um convênio dental de sua preferência, caso você perceba os efeitos negativos do álcool na sua boca.

Somente um dentista especializado poderá te apresentar a melhor forma para tratar de doenças bucais e melhorar a sua saúde bucal como um todo.

E lembre-se, beba com moderação, sua saúde agradece!

Conteúdo produzido por Beatriz Estima, assessora e redatora na empresa Ideal Odonto

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